A Delegacia de Polícia Federal (PF) em Juazeiro (BA) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação ‘Indra’. O objetivo é desarticular um grupo criminoso especializado em desviar tratores e equipamentos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), mediante fraude nos processos de doações de bens da empresa pública para prefeituras municipais do Interior da Bahia.

Desde as primeiras horas da manhã, a PF cumpre dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nas cidades de Petrolina (PE) e Campo Formoso (BA), em razão dos investigados estarem destruindo provas do crime e tentando inviabilizar a investigação para aplicação da lei penal.

Segundo se apurou, o suposto grupo – que contava com a participação de um funcionário da 6ª Superintendência Regional (SR) Codevasf, em Juazeiro, falsificava ofícios de gabinetes de deputados federais que indicavam prefeituras do Interior baiano como beneficiárias de doação de tratores e implementos agrícolas. O intuito era fraudar os processos de doações dos bens, cujas compras eram procedidas através de recursos destinados à Codevasf oriundos de emendas parlamentares e encaminhadas as prefeituras indicadas pelos parlamentares. Em seguida, os bens eram desviados em favor do grupo, causando prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos.

A polícia ressaltou ainda que a investigação contou com o apoio irrestrito da Codevasf, que prestou todas as informações necessárias, de modo a subsidiar a instrução do inquérito policial.

Penas

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, peculato e/ou estelionato qualificado, cujas penas somadas podem chegar a mais de 12 anos de reclusão.

A operação foi batizada de Indra em alusão aos tratores desviados da Codevasf, da marca “Mahindra”, que significa “grande Indra”, a partir do sufixo “Maha” (grande), combinado com o nome do Deus Hindu “Indra”. A PF continuará a apuração, na tentativa de recuperar os bens desviados e restituí-los ao patrimônio público

Fonte: Blog do Carlos Brito